Opala, o brilho interior
- Adilson Dos Santos
- 3 de fev.
- 2 min de leitura
Estimados apreciadores do reino mineral, permitam-me conduzi-los por uma jornada encantada através da fascinante opala, um dos cristais mais mágicos e enigmáticos que a Terra nos oferece.
A opala é única entre os cristais por sua estrutura lamelar, composta de microesferas de sílica que formam uma rede tridimensional. É essa estrutura que lhe confere o fenômeno óptico conhecido como "jogo de cores". A opala possui cerca de 5 a 10% de água em sua composição, e é essa água que permite a reflexão e a refração da luz, criando um espetáculo de cores que encantam o olhar. Sem essa água, a opala perde seu brilho e vitalidade, tornando-se opaca. Por isso, se for guarda-la por algum tempo, coloque-a, delicadamente sobre um chumaço de algodão levemente umedecido.
As opalas possuem uma história geológica antiga, com formação datada de milhões de anos. Elas se formam a partir de soluções de sílica amorfa que, ao se depositarem em fendas de rochas, criam camadas ao longo do tempo. Este processo geológico lento e contínuo é uma dança da natureza, esculpindo beleza a partir do tempo e das condições precisas.
Assim como a opala precisa de água para brilhar, nós, humanos, necessitamos de fluidez e adaptabilidade para atravessar os desafios da vida. A opala nos ensina a valorizar a água, não apenas como um recurso físico, mas como um símbolo de flexibilidade emocional e espiritual.

A opala é um lembrete de que a verdadeira beleza vem de dentro, que seu brilho pessoal deve ser interior. Seu jogo de cores representa a complexidade e a diversidade interna que cada um de nós carrega. Abraçar nossa individualidade e as várias facetas de nossa personalidade é essencial para um crescimento saudável.
A formação geológica das opalas nos ensina a importância do tempo e da paciência. Grandes coisas, sejam elas cristais ou objetivos de vida, não se formam da noite para o dia. Perseverança e paciência são virtudes que nos levam a criar algo verdadeiramente belo e duradouro.
Acreditem, irmãos de caminho, a opala possui propriedades curativas, promovendo a purificação e a clareza mental. É vista como um cristal que abre os caminhos para a intuição e a espiritualidade, ajudando-nos a sintonizar com as energias superiores e a encontrar equilíbrio emocional.
As opalas nos encorajam a sermos autênticos e a expressarmos nossa criatividade. Assim como cada opala é única, nossa criatividade e expressão pessoal são incomparáveis e devem ser valorizadas.
Que a ideia da opala, esse cristal tão frágil e ao mesmo tempo, tão resiliente ao longo de milhões de anos, ilumine nossas jornadas e desperte em cada um a beleza e a harmonia que se encontram escondidas, aguardando para brilhar.

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